domingo, julho 10, 2005

A Sociedade liberta: os quatro cabeças se salvam pelas mãos sujas de Natalício!

No dia do julgamento Natalício saiu sem pressa de sua mansão comprada com dinheiro de suborno e extorsão e dirigiu-se ao tribunal com toda a calma anormal a um corrupto. O medo da descoberta, o medo da justiça, o medo de que suas trapaças fossem postas a público não lhe corria no sangue. O circo armado, juiz e jurados comprados, veredito inocentes. Inocentes... tão inocentes quanto qualquer matador de aluguel como Leonard, como qualquer mafioso como Dostoievski Naka ou arquitetador de crimes como Zancanarius. Defendidos por Stiepánotivtch acabaram por parecer vítimas injuriadas pela sociedade. No momento em que seria proferida a sentença, um leve sorriso brilhou nos dentes nos dentes de ouro do juiz Natalício. Zancanarius já cochilava, Naka fazia tricô, arte aprendida na prisão, ensinada pelo macabro Leonard que fazia palavras cruzadas chinesas.
Todo esse espetáculo foi assistido por Dany Anticristine e pelo delegado Michael Obelix, com suas madeixas ruivas de bárbaro e um par óculos escuros, ambos ficaram estarrecidos. Mas apenas um deles sentia isso realmente. Na saída um vendedor de flores ofereceu uma à policial a um preço módico de um real, ela tirou uma nota de cem e disse para que ficasse com o troco com um olhar arrogante recentemente conquistado pela sua condição financeira.
___Basta pegar mais um rato que eu vou pro Thaiti aproveitar minha vida...
Dois dias depois os capangas de Martin Ilenidlavski lançaram-se sobre um carregamento de heidegeraína, droga de distribuição exclusiva da “Sociedade”, a briga estava comprada. Zancanarius mandou mensagem a Ilenidlavski:
___Você pisou em terreno perigoso. Fuja enquanto há tempo.