domingo, julho 24, 2005

Tiroteio épico nas ruas de Ctba e revelações sobre o mensalão!

Duas horas da manhã na Avenida Cândido de Abreu. E uma pick-up acompanha um caminhão repleto de ampolas de heidegeraína. Tudo bem arquitetado na mente do “Metódico” Zancanarius. Leonard com sua bereta de estimação em punho. Contavam-se trezentos pequenos riscos no cano dessa arma já famigerada, de trezentas vítimas abatidas pelo Macabro. Capuzes negros e adrenalina no sangue!!! Numa das esquinas o caminhão é interceptado e tiros e tiros são ouvidos em todo o Centro Cívico. Os capangas da Sociedade não sabiam, mas também estavam sendo seguidos por Ilenidlavski em pessoa. O sanguinário Ilenidlavski com mais capangas. Zancanarius e Leonard e seus capangas anônimos viram-se em fogo cruzado e numa armadilha muito mais bem arquitetada que seus planos pressupunham.
Bam...Tôu... puu... puu... trrarrararrara... as balas tracejantes de um AR15 de Zancanarius iluminavam fracamente a noite curitibana como vagalumes suicidas em direção do carro negro da M. C., a Máfia Casaquistaniana. Depois da Cândido a Serro Azul, pouco depois da Serro Azul atingiram a linha do biarticulado e correram por ela entre balas e projéteis sem daratenção aos sinais vermelhos. Poucos minutos de correria e estavam agora no Batel, o caminhão ficara pra trás. Leonard manejava sua bereta com habilidade nunca vista, porém um tiro com pouca mira raspou seu ombro direito tirando-lhe a certeza dos movimentos. O motorista, também anônimo: “preparem-se pro 360º”! E executou-o jogando todos contra a parede do carro. A M.C. estava agora sem saber por onde estavam seus inimigos da Sociedade. Dobrou algumas esquinas à procura, nada visto na madrugada além dos bêbados e playboyzinhos de costume.
A Sociedade voltava agora ao esconderijo, Leonard, queria descarregar sua bereta em Ilenidlavski, mas o Metódico o acalmou dizendo que a hora de tão vil ladrão chegaria. A pressa não contribui aos planos perfeitos.
E Dostoievski Naka flutuava em um Boeing em direção ao Quênia, lugar inóspito e pouco óbvio que escolhera para se refugiar das disputas judiciais envolvendo seu nome, no mais novo escândalo de compra de votos de parlamentares. Sim Naka pagava o “mensalão”, para obter leis mais favoráveis aos seus crimes, para ser acobertado pela cúpula do legislativo, e receber favores sexuais das assessoras dos deputados. Verme escroto!, diziam todos, mas não haviam provas! Apenas “acusações infundadas”, como dizia Stiepánovitch, o Advogado, aos repórteres em frente ao prédio onde estavam sendo executados os trabalhos da CPI.
Dia após dia, tudo acontecia como sempre aconteceu. O sol subindo e descendo, mendigos se encolhendo de frio nas marquises e crimes e crimes sendo executados no submundo curitibano. Enquanto isso os anticorpos de D. Naka travavam uma luta ferrenha contra os agentes de uma doença estranha recém-inoculada por um pernilongo queniano em seu sangue. Mas por infelicidade de todos os seres vivos, os anticorpos venceram e Naka nem soube de seus problemas com a malária.