sexta-feira, dezembro 16, 2005

claire de lune...

Claro de luar... ah é claro de luar!

Prateado... ah...! prateado como a tiara de uma princesa do século quinto
Que não se escondesse e nem se insinuasse, apenas existisse sob o universo.
Oh deus das existências! Longínquo e absoluto me leva nesse claro.

Só tenho a fraqueza como pertence,
Todo o resto se perdeu ou nem existiu.
Mas se é tudo o que tenho, então é tudo que posso te dar agora,
meu claro, meu claro de luar.
Numa bandeja translúcida, num cálice de divagações...
...em devoção como um cão ao luar.

Imensa essa vontade de gritar!
__COMO UM CÃO AO LUUUUUAAAAAAR...!
Raios na manhã escura, chove álcool nos olhos como se sibilassem neóns...
Jogam-se os neóns, vadios e invejosos do luar, sobre a fluência noturna
De almas de homens angustiados, de meninos angustiados... e de homens-meninos.
Angusti.... a.... dosssss...

Abro os olhos e vejo uma encruzilhada,
Armada de tocaia pelo destino, com a felicidade na mira.
Um deslize e baaaam...! outra vítima.

O safado do destino que fugiu numa numa carruagem para uma nuvem.
E viu de camarote o primeiro raio desse claro...
Ahhhh...
...desse claro de
luhhhh...
aaaaar...!