quarta-feira, agosto 24, 2005

Suicídio constante e declaração de fúria iluminada!


Meu coração explode todo dia, ao acordar e dar-me por ainda vivo. “Oh! Não se mate!”, disse Drummond. Drummond não sabe nada sobre matar-se. Mato-me 70 vezes por minuto a cada bater do coração. Desastres na mente pulsativa, catástrofes como um beijo violento, um cheiro de suicídio, dois passos para o caos e um para o cosmos, uma moeda para um mendigo e um escarro para os deuses do pó. Dizer “com licença” é ser eufemista para “vá-te a puta que o pariu!”.As pombinhas brancas são todas pederastas, os meninos todos monjes estupradores e santos distribuidores do ódio em potencial, as meninas freiras-deusas e prostitutas, de lascívia e pureza, numa luta interna entre o talvez e o se. Creram uns na divisão fácil do mundo em filosofias, outros retiveram-se na simplicidade e na inocência e uma terceira classe, de párias covardes, tornou-se pedante e podre! Dizem uns “escrever é coisa de maduros”, mas os maduros em breve apodrecerão! Retenho-me na angústia e no descontrole. Não escrevo por gosto. Escrevo por fúria! Sobrevivo.

“Luz! Luz! Mais Luz!”