sábado, novembro 12, 2005

Ilenidlavski preso! Interrogatório acaba em narizes quebrados e estupefação popular!


__Nome?
__..., disse em silêncio.
__Nome, pôrra! Tapas, chutes, torturas de toda espécie.
Mais silêncio... Respiração ofegante.
__Nome...
__Ilenidlavski. Martin Ilenidlavski, seu criado!
__Profissão?
__...
Mais chutes, mais tapas, entram quatro policiais na sala para segurá-lo, mais dois e o faxineiro também. Não dão conta. 32 brutamontes são escollhidos na turba que aguarda na porta da delegacia para linchá-lo. Entram e finalmente o seguram.
__Profissão?
__Máfia...
__Não perguntei o nome do ramo de atuação. Só a profissão.
__Hhhh... Fhhhh..., respira arfante cansado da briga.
__O que você fazia naquele galpão acompanhado de 300 caixas de H.E.C. e mais trinta caras armados?
__Promovíamos uma festa de debutantes para sua filha, disse laconicamente.

Os policiais confabulam, chamam o delegado, ligam pro Secretário de Segurança e chegam a conclusão que Martin está sendo irônico.

__Você quer brincar não é...?! Vamos ensiná-lo a dar risadinhas rapazes!

Depois de uma briga infernal com todos os policiais o faxineiro, os trinta caras da rua, tiros de vários calibres são ouvidos, socos, tapas, puxões de cabelo e gritinhos de “tira a mão daí!”, Martin Ilendilavski saiu da sala de interrogatório realmente dando uma risadinha crucialmente sarcástica, levemente irônica, densamente contente. Limpou o pince-nez, checou as horas no relógio de bolso, concertou a posição do lenço no bolso do paletó negro como o meio-dia, e dirigiu-se a mais um assassinato marcado cruzando a multidão atônita crente em seu martírio.