domingo, novembro 06, 2005

últimas caeeirices...

I
ah acordar...
ver o dia como a sombra nova vê o dia!
ah acordar...
ter o sol por chapéu, bom amigo vem cá me iluminar!
ah deitar no gramado longínquo...
supor as questões findas...
como sobreviver, como viver, como amar, como... como...

ah... resvalar o céu com ternura,
ah ternura... palavra ruim de se usar em poesia.
pieguice dizem uns... mas o que é terno é bom e o que é bom eu quero.

ah entregar o ser ao ser e me ater ao estar!
compreender o que não se compreende, que não se deve compreender nada.
o rio compreende a existência do universo...
todos os pássaros são melhores aviadores, todas as sardinhas melhores marinheiras!
que o dia se finde na minha companhia, que a noite chegue... o dia é longo.
dê-me conforto ó noite... dê-me alegria ó dia!

II
buscar a felicidade é a necessidade geral da humanidade,
dizem uns que só os ignorantes são felizes...
se tal, então, ser perspicaz é sinal de burrice!

III
(...)

IV
e o lirismo se deita simples com uma folha seca ao pé duma árvore,
em minha almazinha triste e alegre como um palhaço frustrado.
e alguma sabiá declama shakespeare nalgum lugar desconhecido do universo

enquanto uma libélula decifra as questões do ser,
quietamente, serenamente, sem fazer alarde, à meia-noite, voando sobre um lago na mata silenciosa!

evoé...
easily...
e...vo.......é........