domingo, maio 22, 2005

O dia de suicida de dmitri

Revejo a hora em que dmitri, meio cambaio, se refugou de si e o quinto andar se fez presente, em seu corpo cansado da vida torta. As ilusões se anuviavam a um canto da memória. O horizonte antagonizava sua percepção cega de si e o mundo era só e nada mais. Queria ser anjo de asas fluidas, era simples humano. A vida é inútil como um fóton sem uma visão para percebê-lo, torta como uma canção romântica, estranha como um sol noturno e tudo restante é forma vil.

Ninguém viu quando do quinto andar dimitri voou de si próprio e as asas se abriram no sol rumo ao asfalto negro de presença ignorada.

2 comentários:

Anônimo disse...

minimo e genial! parece um pouco rosiano...

"rumo ao asfalto negro de presença ignorada", excelente.

Anônimo disse...

Muito legal... Eu curti! Mas no canto inferior direito de minha tela tinha uma mosca que me impediu de tecer um comentário mais inteligente.